Filosofia Iluminista
O movimento iluminista surgiu
entre os séculos XVII e XVIII na Europa. A filosofia
iluminista, pensada no decorrer desses séculos - e posta em prática
com maior força no século XVIII -, tinha como princípio a ênfase no uso da racionalidade humana como
forma de pensar o mundo e as modificações que aconteciam.
Para os filósofos iluministas, a
razão é inerente a todos os seres humanos, por colocar o indivíduo
em posição de destaque. O Iluminismo é também uma filosofia
antropocêntrica.
O Iluminismo surgiu nas
primeiras décadas do século XVII, a partir dos ideais propostos pelos
pensadores responsáveis pela Revolução
Científica, dentre os quais destacam-se Isaac Newton e René
Descartes.
No entanto, foi apenas no século XVIII que as ideias iluministas ganharam
a Europa e geraram intensas mudanças. É por conta da expansão das ideias
Iluministas que o século XVIII é chamado de século
das luzes.
Na França, as ideias iluministas ganharam destaque, principalmente entre
os membros da burguesia e do terceiro estado. A diferença entre as classes
sociais, o pagamento de altas quantias de imposto, a fome, os privilégios do
rei, do clero e da nobreza permitiram que a filosofia iluminista se propagasse
entre as classes mais baixas da França.
A filosofia iluminista afirmava que os indivíduos tinham plenas condições
de lutar para garantir a mudança
da sociedade em que viviam, através da racionalidade e do engajamento sociopolítico.
O modelo de pensar racional, proposto pelo Iluminismo, colaborou,
inclusive, para a legitimação das ideias que deram início à Revolução
Francesa e foram posteriormente usados para justificar as
atitudes e ações dos revolucionários pertencentes ao terceiro Estado, que se
basearam nas ideias de mudança social a partir do engajamento político.
Os ideais iluministas, principalmente os de liberdade,
igualdade e fraternidade, inspiraram também os movimentos de
independência da América Espanhola e dos Estados Unidos.