Mobilidade Social no Brasil. ( 3º Ano de Sociologia)

  


O Brasil é o segundo país mais desigual do mundo. Quanto mais desigual é um país, menor é a sua mobilidade social, portanto, a mobilidade social no Brasil é baixa. Na sociologia brasileira, Celi Scalon é uma referência no estudo da mobilidade intergeracional e estratificação social no Brasil e como ela se distribui territorialmente (segregação espacial) e é justificada e reconhecida.

Um estudo, realizado nos anos 2000, que analisou a mobilidade no Brasil entre 1988 e 1996, sinalizou um pequeno crescimento da mobilidade intergeracional nesse período em razão, principalmente, da migração para áreas urbanas. Todavia, foi uma mobilidade de curta distância, isto é, não alterou o padrão de estratificação social do país, posto que o mercado de trabalho no Brasil é caracterizado por uma alta rigidez e as chances de progressão por meio da trajetória profissional são limitadas.

Os estratos ricos sustentaram sua posição ao longo do tempo, já para estratos assalariados houve uma piora nas carreiras profissionais e redução das possibilidades de progresso, especialmente para mulheres. A conclusão é que não houve mudança significativa nos padrões de mobilidade intra e intergeracional e na desigualdade no Brasil nesse período.

Conforme relatório do Fórum Econômico Mundial de 2020, num ranking de mobilidade social, entre 82 países, o Brasil está na 60ª posição. A nota do Brasil foi 52,1 numa escala de 0 a 100, sendo que o pior índice do país está na variável “distribuição justa de salários”. O Índice Global de Mobilidade Social considera fatores como:

  • oportunidades de trabalho
  • condições de trabalho
  • distribuição justa de salários
  • proteção social
  • acesso à saúde e educação
  • acesso à tecnologia e aprendizado ao longo da vida
  • qualidade e equidade da educação
  • instituições inclusivas

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